Mastite bovina: saiba identificar e tratar esse problema

Época de chuvas é boa para a produção, mas traz também um grande problema para o produtor: o surgimento da mastite bovina. A doença aumenta nesse período por causa dos desafios ambientais como barro, lama e calor, que facilitam a proliferação de bactérias no ambiente. Os prejuízos podem facilmente ser percebidos.

Para que você saiba identificar e tratar a mastite bovina, conversamos com a analista da Embrapa Gado de Leite, Letícia Caldas Mendonça, que é mestre em Ciência Animal e especialista no assunto que vamos abordar.

Confira a entrevista completa sobre a mastite bovina

Como identificar a mastite na vaca leiteira? Quais os tipos de mastite bovina podem ocorrer?

A mastite pode ser classificada de duas maneiras: clínica e subclínica. A forma clínica é aquela em que os sinais da doença são visíveis. O diagnóstico deve ser realizado todos os dias, por meio do teste da caneca telada (ou de fundo escuro). Retira-se os três primeiros jatos de leite na caneca e observa-se o leite. Qualquer alteração como grumos, leite amarelado, leite com sangue, é sinal de mastite clínica. Alterações no úbere da vaca também podem ser sinais da mastite clínica: úbere inchado, dolorido, quente, avermelhado.

Já a mastite subclínica é diagnosticada através de exames do leite. O teste mais barato é o California Mastitis Test (CMT), que é realizado no momento da ordenha. Ele estima a quantidade de células somáticas presentes no leite. Células somáticas são células de defesa, por isso, um número aumentado dessas células indica mastite subclínica. Ainda existem outros dois exames: contagem de células somáticas eletrônica e exame microbiológico do leite (para isolar a bactéria que pode estar causando a doença), ambos feitos em laboratório.

Qual a causa dessa doença?

Mastite é a inflamação do úbere da vaca, causado principalmente por bactérias, que podem ser transmitidas entre as vacas no momento da ordenha ou podem vir do ambiente onde os animais ficam entre as ordenhas. As principais bactérias que causam mastite são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativo, Streptococcus agalactiae, Streptococcus ambientais, Escherichia coli, entre outras.

Depois de identificada a mastite bovina, o que deve ser feito?

Depende. Grande parte dos casos clínicos de mastite deve ser tratada com antibiótico assim que diagnosticado, mas sempre com orientação do veterinário. A mastite subclínica não deve ser tratada durante a lactação; apenas no dia da secagem da vaca, por meio da terapia de vaca seca. Mas cada propriedade deve estabelecer os protocolos de tratamento com o auxílio do médico veterinário. Usar antibiótico sem critério técnico pode ser pior do que não tratar.

Dá para prevenir mastite bovina? Como?

O mais importante quando se trata de mastite é a prevenção. A mastite só acontece quando a bactéria consegue entrar pelo canal do teto da vaca. Por isso, a higiene do ambiente onde as vacas ficam e a higiene no momento da ordenha é o primeiro e fundamental passo. Uma adequada rotina de ordenha pode e deve ser estabelecida em toda propriedade leiteira, independente do tamanho ou nível de tecnificação. Essa rotina de ordenha deve incluir:

– teste da caneca telada (todos os dias, em todas as ordenhas, em todas as vacas e em todos os tetos), retirando os três primeiros jatos de leite e observando seu aspecto;
– desinfecção dos tetos antes da ordenha (utilizando frasco sem retorno);
– secagem dos tetos com papel-toalha descartável;
– ordenha completa e sem interrupção (manual ou mecânica)
– desinfecção dos tetos após a ordenha (utilizando frasco sem retorno);
– ordenha separada dos animais doentes.

Além disso:
– a limpeza e manutenção dos utensílios e equipamentos de ordenha deve estar em dia;
– o ambiente onde as vacas ficam entre as ordenhas deve ser o mais limpo possível, com disponibilidade de sombra e água;
– as vacas devem ser bem alimentadas, conforme suas necessidades nutricionais;
– a terapia de vaca seca deve ser realizada em todas as vacas, de acordo com orientação do veterinário.

Quais tipos de prejuízos a mastite bovina causa?

O prejuízo mais impactante da mastite é a redução na produção de leite. Uma vaca com mastite subclínica pode, por exemplo, ter sua produção reduzida em 30%. Além disso, o custo com o tratamento de casos clínicos e o descarte do leite em função do resíduo de antibiótico é muito alto. A redução da qualidade do leite com o aumento das células somáticas também é outro impacto negativo. Por isso, adotar medidas para prevenir a mastite é o melhor caminho; e também, o mais barato.

Agrocampo Giordani indica para Mastite Bovina:

Biomast para Tratamento de mastite bovina clinica e subclinica causadas por uma ampla variedade de bacterias sensiveis a Cefoperazone.
Biomast para tratamento de mastite bovina clínica e subclínica causadas por uma ampla variedade de bacterias sensíveis a Cefoperazone.
CIPROLAC é indicado para o tratamento da mastite bovina aguda ou crônica dos bovinos em lactação causadas pelos microrganismos Corynebacterium bovis, Eschirichia coli, Klebisiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Enterobacter aerogenes e Aracnobacterium (Actinomyces) pyogenes.
CIPROLAC é indicado para o tratamento da mastite bovina aguda ou crônica dos bovinos em lactação causadas pelos microrganismos Corynebacterium bovis, Eschirichia coli, Klebisiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Enterobacter aerogenes e Aracnobacterium (Actinomyces) pyogenes.
Mastifin Vaca Seca é indicado para o tratamento das mastite bovina fora do período de lactação (“Vaca Seca”). Mastifin Vaca Seca possui uma formulação especial desenvolvida para o tratamento e prevenção das mastites fora do período de lactação, com uma ação prolongada, que se estende por 4 semanas.
Mastifin Vaca Seca é indicado para o tratamento das mastite bovina fora do período de lactação (“Vaca Seca”). Mastifin Vaca Seca possui uma formulação especial desenvolvida para o tratamento e prevenção das mastites fora do período de lactação, com uma ação prolongada, que se estende por 4 semanas.

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