A pecuária brasileira entra em uma nova fase, novos rumos.

A pecuária brasileira vive uma época de grandes expectativas. Com o mercado interno estagnado, que consome cerca de 80% da produção da carne conforme Antônio Guimarães da Scot Consultoria, a esperança de novas conquistas está nas exportações e na abertura do mercado americano para carne in natura do Brasil, que juntas fazem a soma de 20% da produção.

Com dois meses corridos desde que o acordo entre Brasil e EUA foi assinado, o setor pecuário busca fortalecer a união para alcançar os devidos padrões sanitários exigidos.
Desde 1999, ano em que o Brasil solicitou aos EUA o pedido de exportação de carne in natura, os países trocam diversas informações sobre controle e padrões de saúde animal.

A abertura desta demanda cria novos ares para pecuária brasileira.
“A gente tem que ter um cuidado com planejamento, com administração, temos que usar produtos nobres, de laboratórios confiáveis, produtos de longa ação, com tecnologia que funcionam realmente. E a gente tem que ter muito cuidado com os produtos que a gente usa porque a nossa carne vai para mercados muito exigentes”, comenta o pecuarista Paulo Acauan, que já exporta para países como Chile e Egito.

Pecuária brasileira vs Mercado Internacional

Os EUA são o maior produtor e consumidor mundial de carne bovina. A produção do País em 2015 foi de 10,9 milhões de toneladas, mas o consumo de carne foi de 11,4 milhões, ou seja, o mercado americano teve de buscar carne estrangeira para suprir a sua demanda. Estes dados fortalecem o mercado brasileiro, trazendo novas expectativas de exportação in natura aos americanos.

A carne brasileira é vista com bons olhos pelo mundo todo, o gado brasileiro é conhecido como “Boi Verde”, devido a grande terminação de animais a pasto. Este diferencial é atrativo aos mercados internacionais devido ao indíce baixo de gordura da carne. Não é diferente para os americanos, já que a carne produzida por lá não têm indíces satisfatórios para a produção de carne moída, principalmente para produção do famoso Hamburguer.

Outra notícia positiva para pecuária brasileira é a queda de produção de carne por parte da Austrália, tradicional exportadora de carne premium para os mercados internacionais.

“A Austrália é um mercado de carne premium que acessa exatamente esses mercados sonho, alvo para o potencial exportador brasileiro. Eis a oportunidade que está surgindo para o Brasil, e evidentemente a gente tem que estar conectado com toda garantia sanitária de que o rebanho brasileiro tenha o padrão sanitário compatível com esses países que são altamente exigentes em termos de sanidade animal”, comenta o consultor da MB Agro Alexandre Mendonça de Barros.

Hoje, o Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de carne bovina do mundo. A pecuária brasileira caminha para consolidação mundial, com capacidade de atender qualquer mercado internacional em grande escala.

Fonte: Canal Rural, resumida e adaptada pela Equipe da Agrocampo Giordani.

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