O vermífugo ou vermifugação para cães e gatos é assunto sério e merece muita atenção. Hoje em dia é muito comum que os animais estejam bem mais presentes no nosso cotidiano e por isso, os cuidados com o novo membro da família requer cuidados redobrados.
A vermifugacão ou remédio de verme, como é popularmente conhecido, é um procedimento fácil e simples, além de ser muito eficaz na prevenção de diversas doenças, entre essas, a parasitose que é uma infecção causada por parasitas intestinais e que pode ser evitada com o uso de vermífugos de qualidade.
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O médico veterinário Ricardo de Assis Madruga Junior*, especialista em animais de pequeno porte faz um alerta sobre a importância da vermifugação nos cães e gatos:
“Muitas pessoas desconhecem que os animais, por mais cuidados e atenção que recebam dos seus donos, podem transmitir doenças graves. A vermifugação evita as parasitoses, que comumente é transmitida pelas cadelas prenhes via transplacentária para seus filhotes. Isso pode resultar na perda de toda ninhada ou nascimento de animais abaixo do peso, causando problemas futuros a esses animais” alerta.
Outro alerta é sobre a eficácia das vacinas obrigatórias – preparadas a partir de componentes de agentes agressores ou de agentes que se assemelhem ao causador de doenças. Muitos não sabem que até absorção desses agentes está ligado ao uso do vermífugo, como explica o veterinário.
“Esses cuidados preventivos estão ligados diretamente à eficiência das vacinas, uma vez que não terá agente injuriando o sistema imunológico dos animais. Outro alerta é que ingestão da vermugação previne a popular “barriga d’água ” muito comum em animais com má absorção de alimentos quando desmamados”, orienta.
Quando dar vermífugo?
O uso do vermífugo é uma das dúvidas mais frequentes em relação aos cuidados com os pets e com que idade já pode usar. O veterinário reforça que o ideal é começar a vermifugação na cadela antes de se colocar para cruzar.
“Esse procedimento é benéfico já na gestação e durante amamentação. Para o filhote é recomendável dar a primeira dose entre o 28° até o 35° dia de vida e repetir após 15 dias depois. Todo o procedimento deve ser definido pelo médico veterinário que também definirá o período para a vermifugação. Já na fase adulta o medicamento será ministrado de acordo com o local onde o animal irá viver, como apartamento, casa, fazenda, regiões – litorânea, montanha, beira de rios, mata ou solto”, destaca.
Peça ajuda ao veterinário, sempre!
É importante e necessário que o médico veterinário indique o melhor vermífugo para o pet. Procure um profissional de sua confiança que irá definir o melhor vermifugo e qual a forma de utilização correta.
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Segundo a orientação do veterinário, o procedimento é feito de acordo com a raça e peso, por isso, o acompanhamento é fundamental.
“O vermifugo será escolhido seguindo o peso do animal. Esse fator é essencial para definir qual o melhor medicamento a ser usado no cão ou no gato, se será um vermifugo em suspensão (líquido) ou comprimido”, completa.
Atenções necessárias
Muitos não imaginam o risco da má administração do vermifugo. A maior delas é a ingestão em algumas raças que não podem utilizar vermífugos que contenham em sua formulação a Ivermectina – considerada uma substância vermífuga e antiparasita de amplo espectro, sendo tradicionalmente usada no combate de verminoses, que atua na paralisação e eliminação de diferentes tipos de vermes que são responsáveis por provocar doenças parasitárias. Isso se dá por conta da rejeição de toxicidade de algumas raças.
Sintomas da verminose
Os pets podem apresentar diversos sintomas quando estão doentes, mas isso pode variar de acordo com a idade e estilo de vida dos animais. Ricardo conta que normalmente animais com verminose apresentam sintomas variados que podem ser desde má alimentação até diarreia.
Ao sinal de qualquer sintoma deve-se procurar um médico veterinário para checar se o pet está com verminose ou outra enfermidade.
Fique atento a alguns dos sintomas mais comuns da verminose:
- Animal se alimenta, mas não ganha peso;
- O animal jovem apresenta abdômen distendido em formato de “barril”;
- Cólicas intestinais constantes;
- Pelos sem vida ( opaco) e quebradiços;
- Olhos com muita secreção;
- Presença de vermes nas fezes ou
vômitos; - Fezes pastosas ou diarreicas – em alguns casos com presença de
sangue; - Forte cheiro nas fezes.
Dicas
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Nosso entrevistado
*Ricardo de Assis Madruga Junior é formado pela Universidade de Uberaba (Uniube) em 2003 e atualmente trabalha na área clinica e cirurgias de pequenos animais. Além de ser responsável técnico de produtos veterinários.
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